Blanched entre os 150 melhores discos brasileiros de todos os tempos
Blanched - Blanched toca Angelopoulos (2008) ... entre os 150 melhores discos nacionais de todos os tempos, em votação convocada pelo BotequimDeIdeias.com.br (Floga-se), com 59 votantes. Blanched era uma banda surgida em Novo Hamburgo que tinha como integrantes eu, Marcelo Koch, Daniel Galera, Leonardo Fleck e Priscila Wachs.
Blanched & Hotel entre os melhores de 2009 para o Sinewave.
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Sinewave Essentials - The Best Of 2009
01. HEROD LAYNE - Sealand Fire
02. S.O.M.A. - 4891
03. PHANTASYSTEM - Romy
04. DUELECTRUM - Trembling Blue Stars (Live)
05. ESTE SILÊNCIO - People Who Fall In Love With Each Other Rarely Stay Together
06. WAKE UP, KILLER! - Joana (Que Bebe os Ventos)
07. ALLICE - Jardim de Inverno (Live)
08. BLANCHED - Mandrágora
09. LABIRINTO - Arcabuz
10. HOPING TO COLLIDE WITH - Stumbled Upon Gold (Live)
11. BLACK SEA - Tabula Rasa
12. ANDREI MACHADO - E, Finalmente, Deixei o Sol Entrar
13. LINGERING LAST DROPS - Love Shadow Syndrome
14. KAOLL - Khan El Khalili
15. A SEA OF LEAVES - Over The Edge
16. HOTEL - Quarto 203
17. MONODECKS - Reverbera na Caverna
O selo virtual Sinewave relançara todos os discos Blanched.
"E Blanched são mestres." (Elson, músico e editor, SP)
"Eu amo de paixão, uma pena nunca ter visto um show." (Priscila F., fotógrafa, SP)
"Afudê. Blanched0)))" (Mateus D'Almeida, músico, Nova York)
"Hahaha, muito legal. Deveriam reestruturar a banda pra gravar um disco de doom metal." (Antônio Xerxenesky, escritor)
"Não é fácil 'resenhar' um disco como o novo EP da gaúcha Blanched. Suas qualidades são do tipo muito pessoais, passionais mesmo, cujo resultado é capaz de despertar sentimentos nunca intermediários: ou se gosta muito, ou se detesta. O quinteto, de Novo Hamburgo, vem trilhando um caminho absolutamente avesso ao que se conhece como rock gaúcho. Climas instrumentais pesados e uso mínimo de palavras cada vez mais tomam conta do som da banda, transformando sentimentos intensos em tramas instrumentais. No disco anterior, as dores de uma história começaram a ser tratadas. Em Blanched Toca Angelopoulos, as feridas não fecharam. Tem a ver com isso a sinceridade e a verdade, torturantes até, das cinco faixas cheias de uma delicada e dolorida beleza, expostas em arranjos minimalistas que se agarram ao máximo nas mais simples notas. O trabalho abre com 'Tristes dos que procuram dentro de si respostas porque lá só há espera', uma porretada cheia de climas quebrados, guitarras limpas e 'noiadas' que parecem escavar fundo nas mais incômodas, contraditórias e doídas sensações humanas. Aqui não existe paz, a missão é remexer. 'Cada um' soa mais suave, com sua flauta serena e a torrente de palavras no fundo, que provocam um efeito de entorpecimento para depois estourar em novo noise. 'Hoje eu tou melhor', 'Um palhaço no campo de concentração' e 'Casa de descanso' completam o disco, mantendo a mistura de delicadeza, dor e beleza. Mas, como é um disco do Blanched, só podia acabar assim: numa catarse de barulho bom que provoca o entorpecimento da embriaguez, um transe que faz a cabeça girar e o ouvinte engolir em seco o silêncio que fica reverberando o barulho quando a música acaba." (Adriane Perin, jornal Gazeta do Povo, PR)
"A Thiane comentou que ficou arrasada com o CD da Blanched e me deu vontade de dizer mais uma coisa sobre este disco e sobre outros sons nessa linha. As pessoas comentam que é triste, e é. Mas o que provocam em mim não é de jeito nenhum a tristeza da depressão, a tristeza que dá vontade de se trancar num buraco e não olhar mais o dia. Eu não sei explicar direito o que Blanched provoca em mim, mas, com certeza, não é puxar para baixo, nunca. Me alimentam, estes sons. Me dão vontade de fazer mais e mais coisas legais. Me dão vontade viver de um jeito muito vivo. Me mostram que se eu não fizer, vai ficar sem fazer. Não me empurram para a imobilidade nostálgica de uma saudade de algo que não tenho. Ao contrário. Parece que me trazem forças para encarar outro dia, de trabalho, de existência, para correr atrás de patrocínio para o Rock De Inverno, de fazer um jornalismo minimamente decente. Porque é, também, para essas pessoas que eu faço jornalismo, o Rock De Inverno, a De Inverno. Me parece que tem alguma relação com o que sinto com o frio. Estava pensando nisso hoje, indo, caminhando às 8 da manhã para o trabalho, ouvindo Blanched e OAEOZ, no fone. O frio, que todos ao meu redor detestam, me faz sentir mais viva. Quando ele bate no meu rosto, cortando, gelado, de alguma maneira me desperta, me alerta que não tem outro jeito de viver o dia, senão com muita, muita intensidade. Como se não tivesse mais nenhuma alternativa, mesmo. E não há, para mim, não há. Eu sinto coisas gritando tão alto dentro de mim." (Adriane Perin, jornalista e produtora, PR)
"Premeditado ou não, o título pode dizer mais do que se espera. Blanched toca Angelopoulos. Apesar de as músicas não serem inéditas, não é possível conter a surpresa. Além da ligação forte com o tipo de linguagem, forma, cores e emoções transmitidas no contato direto com as duas obras (mais especificamente se fôssemos comparar com o filme Paisagem Na Neblina, elas nos fazem refletir sobre nós mesmos, como um suspiro, um espreguiçar de braços, um impulso, uma revelação, que produz seus efeitos para sempre, mas que se aquieta com o tempo. Com essa sensação de introspecção, deixamo-nos levar, seja pela leveza, pela beleza ou pelo ritmo acentuadamente lento, marca registrada de ambas. As obras contam com uma riqueza de detalhes surpreendentes, porém talvez não percebida no primeiro contato. As belas melodias, os diálogos significativos, o lirismo das letras, as explosões precisas de distorções, microfonias e tudo o mais que agride, tudo reunido com bom gosto. 'Estando mais fortes, seguimos. O tempo amadurece-nos enquanto a juventude supérflua declina. Não devemos mais nada aos mortos.' Existem coisas acontecendo, saiba perceber." (Daniel Matos, fã, Buenos Aires)
"Ouvi ontem à noite o novo EP da Blanched, Blanched Toca Angelopoulos. Estou meio zonza até agora, quando começo a ouvi-lo novamente, pela segunda vez, de manhã, 9 horas, para começar mais um dia de trabalho. Fui dormir pensando nas melodias. Acordei pensando em ouvir o disco novamente. É gostar de uma banda de um jeito que não é só o mero gostar, por gostar. É ser pego de jeito por sons que desmontam mesmo. E aí, depois, do primeiro disco que derrubou, vem o outro. Quando ouvi a primeira faixa, ontem à noite, não lembrei dela do show que vi no Motorrad. Quando ouvi hoje, lembrei claramente, que mesmo não entendendo direito as palavras, naquela noite de um final de semana tão longo e cheio de alegrias especiais e extremamente doloridas, a canção me acertou em cheio e agora, pela manhã, voltou todo o impacto entorpecente daquela primeira audição. Me vejo de boca aberta, balançando o corpo, olhos fechados naquela escuridão de fumaça. Eu estou até meio que sem saber o que dizer sobre este disco, lindo, triste, carregado, minimalista que deixou quase totalmente de lado as palavras, que é algo que sempre me pega. Na segunda música, Cada Um, aquela flauta me lembrou logo de cara Mercury Rev. E a voz que fica no fundo falando e falando. É um disco que exige silêncio, para o levar por um escuro do quarto, mas que traz sensaçães tão boas, também vontades tão boas, tão quentes, de abraçar, de beijar, de chorar, de dizer coisas que estavam para serem ditas fazia tempo. As melhores coisas são ditas no silˆncio. No silˆncio de um quarto, sem uma palavra, quando as respiraçôes ficam ansiosas. No silêncio de um walkman que leva para longe o que não se quer ouvir e deixa só o que escolhemos para uma manhã nublada - mas não tão fria quanto se pensou que seria. Os climas. O que mais dizer da Blanched? Os climas que eles criam esticando as notas ao máximo e que, parece, nos esticam junto. Essa guitarra que parece colocar uma furadeira dentro da minha cabeça. Outra rasteira. O olhar perdido em algum ponto que ninguém sabe onde está. Eu continuo não sabendo direito o que dizer. Mas sou impulsionada a ouvi-lo e ouvi-lo, como que para conseguir sacar algo que está lá e não consegui pegar ainda. Mas, que está me olhando... E parece que sempre tem mais lá de onde veio isso. Até onde Leonardo, Marcelo, Douglas, Priscila e Daniel irão? Porque eu quero ir junto. Agora não tem mais volta: saiu o novo disco do Blanched. E são estranhas as sensaç&oatilde;es que ele provoca. Ou não. Na verdade não são nada estranhas. Elas só nos remexem as entranhas. E deixam a gente assim. Quietadas e exultantes ao mesmo tempo. Hoje eu tou melhor, pode saber. E, aí, vem a última faixa. Com palavras, várias palavras. Tão afiadas quanto os climas instrumentais. Só o violão do começo já valeria a música, mas tem mais, muito mais. Depois de cantar 'calma, que essa dor logo passa, essa dor...', eles voltam com seus pensamentos. 'Quando eu voltar, espero deixar mais longe, tão longe, a dor que não me deixa esquecer que este cansaço é sem alívio. Quando eu voltar esperto aceitar a tristeza, na crueza da certeza de que os melhores momentos são em silêncio. Quando eu voltar, espero encontrar-te mais forte, mais livre, consciente de que o amor morreu doente.' Difícil continuar aqui depois disso. É isso, são essas sensações, que fazem valer tudo." (Adriane Perin, jornalista e produtora, PR)
"Ouvi o novo disco da Blanched ontem no programa Freak Show na Rádio Unisinos. Cada nota é precisa e não vaza, como de costume em bandas do gênero que apenas fazem uma enorme jam session pagodinho. Quando as distorções entram, a barulheira é bonita. Mas o melhor que esses rapazes conseguiram fazer foi juntar tantas pessoas legais numa mesma banda. Quando acabei de ouvir as músicas, a ideia que ficou na minha cabeça é que seria bem interessante ver um show do vivo da Blanched." (Renato Parada, fotógrafo, SP)
"Num mundo em que a maioria das coisas não faz sentido, é confortante ouvir Blanched. Parabéns pela premiére." (Caco Rocha, agitador, Porto Alegre)
"Aviso aos navegantes. Eu e o Diego tivemos ontem uma palhinha do CD da Blanched. Está ficando primoroso o negócio." (Charles Pilger, DJ e agitador, São Leopoldo)
"O simpático senhor barbado que aparece tocando guitarra no Sonora da MTV é nosso estimado Douglas Dickel. E sim, somos nós tocando Hoje Eu Tou Melhor por 30 segundos. Gracias! (...) Trecho com o Douglas barbudo, tocando de olhos fechados vestindo uma camiseta do Sonic Youth. Ficou bonito, e no fundo nossas paredes roxas." (Leonardo Fleck, guitarrista da Blanched, sobre o Sonora MTV)
"Fiquei impressionado com o show de vocês. Não imaginava que estivessem tão centrados e preparados para a proposta de que falaram aquele dia. A pilha de vocês está muito clara. Tem um clima, uma atmosfera, o som traz a gente para dentro de uma meditação. Tem que ter paciência pra caralho para tocar notas e ruídos mínimos e esporádicos e infinitos e também tem que ter paciência e estar no clima meditativo para curtir o show. E o show cria esse envolvimento." (Marcelo Fruet, produtor e músico, Porto Alegre)
"O show de vocês está muito pessoal. Est´a... próximo." (Júnior Garcia, guitarrista da Bleff, São Leopoldo)
"Parabéns. E esse é o primeiro de vários parabéns que eu vou te dar. Porque a banda só está crescendo." (Felipe de Oliveira, baterista, São Leopoldo)
"Vocês estavam todos inspirados, tocando com a alma." (Andreia Vigo, produtora cultural, Porto Alegre)
"Belos dedilhados. É sempre um prazer ver o senhor tocar." (Hermano Freitas, jornalista, Porto Alegre)
"Recentemente foi divulgado que a Blanched, uma das minhas bandas nacionais preferidas, está prestes a entrar em estúdio novamente... estou muito ansioso para saber quais de suas belas canções serão escolhidas, pois pelo que sei será novamente um EP, pois contrariando as expectativas (pelo menos as minhas) eles continuam sem selo, o que me deixa seriamente pensativo quanto ao critério de escolhas dos mesmos!" (Daniel Matos, fã, Buenos Aires)
"Blanched - Segue surpreendendo. Segue rumo ao desconhecido." (Daniel Matos, fã, Estância Velha)
"Abriu a parada a Blanched, banda de Novo Hamburgo. Pelo que diz o Leonardo, que põe a voz e as letras na parada, pelo menos 20% dos fãs de pós-roque do Rio Grande integram a banda. Duas guitarras, uma flautista, baixo e bateria. O que dizer? Quem gosta de Mogwai, GY!BE, Explosions In The Sky, coisa e tal, vai amar. Destaque para as letras da banda. 'Tristes os que buscam dentro de si respostas, porque lá só hó espera' é uma frase que leva à reflexão à cabeça mais tosca. Por exemplo, ao carinha aquele que batia cabeça ao som da banda, com os dedos formando lml. Iça!" (Mauricio Renner, jornalista, São Leopoldo)
"A banda, gaúcha de Novo Hamburgo, aposta naquilo que se convencionou chamar de pós-rock - representado por bandas como Tortoise e Mogwai, lá fora. Mas não fica presa ao rótulo e reúne, ainda, influências de clássicos como Joy Division e Nirvana. Guitarras altas e harmoniosas, melodias simples, letras poéticas (no melhor sentido do adjetivo) e uma busca da perfeição instrumental. É a simplicidade trabalhada, que aqui aparece nas três faixas, em especial na bela Mandrágora e na que dá nome ao EP, Ter Estado Aqui." (Adriana Terra, Revista Zero, SP)
"Muito instrumental, rápidas (e marcantes) inserções vocais e letras que cabem em um cartão de visitas são algumas características deste grupo." (Rogério Alvarenga, site Musicbox)
"Mais uma vez obrigado pela compreensão e pelos momentos inesquecíveis do show de vocês, em que tive que segurar pra não cair num choro desandado." (Ivan Santos, De Inverno Records, PR)
"E o Blanched, que encerra a noite, é uma banda de gaúchos que chutaram longe as gracinhas típicas das bandas gaúchas. É o que diz o release e o que mostra a faixa Mandrágora." (José Marcos Lopes, Jornal do Estado, PR)
"A noite de sábado será encerrada pelos gaúchos macambúzios do Blanched, que em nada lembram o som alegrinho e o visual retrô das bandas que integram a comissão de frente da cena alternativa gaudéria, como Bidê ou Balde e Cachorro Grande. 'O nosso som vem dos nervos e vai para os nervos. As distorções explodem na hora em que menos se espera, assim como as decepções da vida', choramingam os gaúchos. Dividindo o palco com eles, na segunda noite, estão as meninas (tirando o vocalista-guitarrista-baixista Rafael) do Laura's Problem, surgida das cinzas do Whir, os 'veteranos' do Skijktl, os neovanguardistas do Gruvox e os lisérgicos Criaturas." (Jornal O Estado do Paraná, PR)
"Sábado a Blanched leva as músicas para passear em Curitiba, no festival Rock De Inverno 4. Nossos amigos Douglas e Leonardo se dispuseram a levar material das bandas daqui para os organizadores, a De Inverno Records. Realmente, são seres em extinção." (Thiane Nunes, cantora, Porto Alegre)
"Alerta geral! Alerta Geral! Vai rolar hoje a noite no Motorrad o show da banda gaúcha Blanched, que encerraria a segunda noite do Rock de Inverno 4. O bar e as bandas programadas Dissonantes, Tarja Preta e a paulista Laboratório estão dando essa força. Tudo pra que as bandas estrangeiras não percam a viagem." (De Inverno Records, PR)
"Em sua quarta edição, Rock de Inverno se firma como um dos mais importantes festivais independentes do País. A música feita em Curitiba volta a atrair a atenção e os ouvidos do país no último final de semana de agosto, com o Rock De Inverno 4, que se consolida como um dos eventos mais importantes do cenário independente nacional. Nos dias 29, 30 e 31 próximos, o festival reúne 12 grupos da capital paranaense e três e outros estados - Sonic Jr. (AL), Blanched (RS) e La Carne (SP) - no Diretoria Café, para pela quarta vez mostrar ao público e à mídia um pouco do que de melhor é produzido nas garagens da cidade e do país." (Festival De Inverno, PR)
"Olá! Conheci a banda através de Analu do site Musicbox.ubbi.com.br e gostei bastante. Eu organizo shows em Vitória da Conquista, BA. Só trabalho com bandas independentes. Em setembro farei o show da Violins (GO), em outubro Autoramas (RJ). Qndo vocês pretenderem fazer uma turnê pelo nordeste, entrem em contato. Seria um prazer fazer o show de vocês aqui." (Gilmar, Caso à Parte Eventos, BA)
"Estou trabalhando na revista Zero, acho que você conhece, e aí me caiu na mão um CD da sua banda. Blanched. Na hora não associei, mas depois me recordei que já havia lido em seu blog. Poxa, fiz a resenha e tal, e te aviso assim que sair no site, mas nem é disso que queria falar. É que a banda é boa, e, poxa, como é bom quando você ouve algo novo, feito no seu país e bom. Novo, sem afetação. Queria muito ver um show de vocês. Quando vêm para cá? Está na hora." (Adriana Terra, revista Zero, SP)
"As duas guitarras e o sample me deixaram estranhamente sensível, e eu quase comecei a chorar. Mas as lágrimas não vieram e se transformavam em arrepios cada vez que era tocado o sample 'Tristes dos que procuram dentro de si respostas porque lá só há espera'." (Fagner Marques, fã, Campo Bom)
"Logo no começo do show não tive dúvidas e sentei no chão. Acho que a melhor forma de curtir o show da banda é assim, e como eu sei que ninguém vai pogar num show da Blanched (loucos existem, mas não a tal ponto) fiquei lá, curtindo, viajando nas várias texturas que alisavam meus ouvidos. Depois do show o Leonardo chegou e me disse 'Tu fez o que eu queria que todo mundo fizesse mas que eu esqueci de pedir'. (...) E Blanched tem que ser ouvido de olhos fechados. Há texturas ali que devem ser degustadas sem a influência dos outros sentidos." (Charles Pilger, DJ e agitador, São Leopoldo)
"Queria ter aguentado mais tempo sentada durante a Blanched, porque o bom é esquecer que existe corpo durante aquelas músicas. Só que o corpo não deixou ser esquecido porque o chão era frio demais. É música para ouvir a 2 metros da banda com o som muito alto e muito silêncio ao redor. Para não tocar em ninguém por perto e se deixar tocar. É um tempo sem tempo, música sem dança, sentimento isolado que segue o que eles ali querem que siga." (Josiane Camarotto, médica e fã)
"O Douglas sorria enquanto tocava, gostando muito." (Thiane Nunes, cantora, Porto Alegre)
"Costumavam usar o adjetivo 'visceral' para rock tocado daquele jeito que quase te joga para trás quando você ouve, que é uma porrada pros teus ouvidos, como se os caras não tocassem com a habilidade, mas só com a vontade. Mas vou dizer que visceral é a Blanched. No momento em que fico totalmente absorta quando os ouço, posso dizer que minhas vísceras reagem à música me deixando levemente enjoada. Isso é visceral, é ser tão tocante que embaralha o estômago e fecha a garganta. O Douglas disse que ia por um rótulo debaixo do nome da banda assim: 'rock emocionante'." (Josiane Camarotto, médica e fã)
"A Blanched está ABISSALMENTE boa. O Douglas é o MALUQUINHO DA GUITARRA. É muito massa quando ele começa a soltar a mão na desgramada. Sabe tudo, o guri. A banda já era boa antes, mas com o Dickel e o Galera ficou ó, CRASSE AAA." (Daniel Pellizzari, escritor, Porto Alegre)
"O show da Blanched estava excelente: alto pra caralho." (Marcelo Träsel, jornalista, Porto Alegre)
"Logo o show começa e achei este melhor que o de semana passada. O show foi pesado, forte e simples, mais uma vez as guitarras do Douglas carregaram o som, deixaram tudo mais barulhento, mais melódico. Outra coisa que chama muito a atenção é a flauta que deixa a música ainda mais bonita. Não são todas as bandas em que todos os integrantes são imprescindíveis e a Blanched é o tipo de banda em que se todos não estiverem presentes no palco, a coisa fica muito diferente ou, diria eu, impossível." (Arlen Andrade, guitarrista, Esteio)
"Alguns dos tradicionais metaleiros que frequentam o BR-3 pararam junto ao palco da Blanched e ficaram vendo o show de boca aberta. Juro que eu vi estupefação naqueles olhos. Coisa bonita de se ver." (Charles Pilger, DJ e agitador, São Leopoldo)
"A Blanched passou por várias mudanças em sua formação, abrigando agora mais ambição e dissonância em sua sonoridade. As composições da banda usualmente são contruídas em camadas sutis que denotam um forte teor emocional, culminando em explosões destruidoras de barulho. A banda tem claras intenções vanguardistas e o rótulo 'pós-rock' se adequa perfeitamente à estética adotada pelo grupo, resultado de uma grande influência de grupos experimentais como Mogwai, Radiohead e Slint. O tipo de show que deixa diversas marcas indeléveis na pele." (Diego Fernandes, jornalista e DJ, São Leopoldo)
"Eu tinha ido ali pra ver o show da Blanched, e eu sabia que não podia perder. 'Tristes dos que procuram dentro de si respostas, porque lá só há espera'. Triste de mim. Tudo que eu estava sentindo transbordou logo na primeira música. Linda." (Madi Pacheco, baixista, Porto Alegre)
"Acertada essa decoração de palco [com as televisões] - deu um clima legal à apresentação. Marcelo Koch mostrou-se o grande destaque da noite, com baquetadas eficientíssimas e bem dosadas, sem excesso de técnica e capacidade invejável de se manter no tempo e carregar o som da banda. Gostei particularmente de Cada Um, belo épico suave e angustiante que termina na tradicional e bem posta explosão de distorção. O vocal do Leonardo complementado pelo Douglas ficou harmonioso, num momento da música em Mogwai e Joy Division andam de mãos dadas sem se estapear." (Bruno Galera, jornalista e guitarrista, Porto Alegre)
"A noite de sábado em NH com Blanched poderia ter durado a noite inteira se não houvesse uma limitação das músicas a serem tocadas. O grupo está no limite máximo da superação musical. Parabéns." (Carolina Bettim, fã, Esteio)
"A cena independente do sul do país é uma das mais comentadas do Brasil. Fala-se que lá as bandas são unidas, organizadas e o público realmente apoia os eventos. Quando se menciona essa cena, alguns nomes logo vêm à cabeça: Cachorro Grande, Feichecleres e Tequila Baby. Mas o rock gaúcho é formado apenas por grupos for fun? Pode ter certeza que não. Apesar de não muito conhecido, existe todo um conjunto de bandas no Sul que não são engraçadinhas nem filhotes de Cascaveletes, e não seguem à risca a cartilha de Joey Ramone. Músicas mais tristes, ou com mais poesia, mais densas... Várias são as vertentes. E influências de Sonic Youth, Radiohead e Jesus And Mary Chain também são comuns. E aí temos uma outra cena, formada entre outros por Superphones, ESS e as três que daremos enfoque aqui: Blanched, Tom Bloch e Deus E O Diabo. (...)" (Daniel Spot, site Candango, DF)
"No sábado: o certo é que senti um medinho de pegar o trem, ir até São Leopoldo, entrar numa casa estranha, conhecer tantas pessoas estranhas. Mas a Blanched redimiu meu medo. Isso também é certo. Foi alto, impressionante, lindo, lindo. Queria também ter sentado no chão, bem pertinho do palco, mais no meio do barulho. Fechar os olhos como os garotos tocando. Na próxima semana eles tocam outra vez, e juro que queria ver de novo, ouvir com mais calma, confortável." (Josiane Camarotto, médica e fã)
"Os caras tocam com a alma. Dão tudo de si (posso dizer isso porque não é o primeiro show deles que eu vejo)." (Fagner Marques, fã, Campo Bom)
"E a Blanched? Destoou completamente das outras bandas. O Cidade disse antes de começar: Agora vamos sofrer. Show tiro curto, mas direto no coração, bocas e olhos pra baixo. Inevitavelmente gostei mais. Na volta pra casa comentei com o Rafael: Tínhamos que tocar com eles." (Thiane Nunes, cantora, Porto Alegre)
"A Blanched consegue cruzar sequências de acordes a la MPB com explosões de distorção dignas do melhor post-rock, e faz isso com uma fluidez impressionante. Ao vivo, a banda soa ensaiada, precisa, sem excessos, e digo isso num sentido positivo." (Daniel Galera, antes de entrar na Blanched)
"O Douglas insistiu, eu demorei, mas finalmente fui ao site da Blanched e baixei os MP3 do novo EP deles, 'Ter estado aqui'. Que troço bom pra cacete. O som das guitarras é de dar vergonha na maioria das outras bandas independentes do RS. Definitivamente irei ao próximo show. É sério, é muito bom. Baixem os mp3 lá no site deles." (Daniel Galera, antes de entrar na Blanched)
"Ter Estado Aqui me chegou às mãos via Ivan (OAEOZ) e me pegou, de cara. Mas, a cada nova audição, parece que entra mais fundo ainda, imprimindo sensações barulhentas e silenciosas que acalentaram essas duas últimas manhãs em frente ao computador. A combinação sonora desde EP remexe comigo e tenho a sensação de que vou continuar ouvindo para sempre... é sintomático, quando um novo disco me pega de jeito, a vontade é percorrer as ruas da cidade com os fones, cuidando para que o andar não pule a música do aparelho. E está sendo assim com Blanched. E é muito bom ouvir canções que nos provocam desse jeito, e conduzem por aí a fora... Valeu, pelo belo EP, pelas tocantes canções... Depois Da Noite e Mandrágora já figuram entre as minhas preferidas, daquelas que podem ser ouvidas a qualquer dia e qualquer hora; daquelas que foram feitas especialmente para certos momentos em que se tem vontade de gritar junto com um artista, fazendo nossa (de quem ouve) as palavras gravadas, pois cantam nossas vontades, nossas tristezas, nosso querer lavar a alma... Até mais." (Adriane Perin, jornal Gazeta do Povo, PR)
"Coloquei links pras duas melhores bandas do Rio Grande do Sul ali do lado: Blanched, detentora da melhor gravação já feita no estado (guitarras que invejo e cobiço) e a Deus E O Diabo." (Bruno Galera, jornalista e guitarrista, Porto Alegre)
"O release, impresso na contra-capa do CD, é um dos melhores que já li. (...) Vou até copiar um trecho: '...vocais vacilantes que transmitem a angústia, a dor, a raiva. As distorções explodem na hora em que menos se espera, assim como as decepções da vida. As letras também falam de desilusão, de frustração, reforçando a função catártica da arte, no ponto exatamente oposto ao comércio, ao comedimento e à cópia. Pós-rock, talvez.'. Abre com Ter Estado Aqui, instrumental, serve como uma vinheta para as outras, começa lenta e explode em muralhas de guitarras num nível meio Mogwai da coisa. Foda. Depois Da Noite também trabalha essa coisa do calmo/esporrento, mas com muito mais diversidade, seja nas diversas passagens, seja na inclusão de belíssimos sons de flautas. Tem quase seis minutos. Pelas descriçães pode-se confundir com uma ópra-rock tipo Rick Wakeman, mas felizmente ouvimos mesmo algo como o Mogwai encontrando os Smashing Pumpkins. Mandrágora tem começo feito num violão, gravado de forma bem tosca, para distorções poderosíssimas entrarem de repente, fazendo o ouvinte (des)atento pular de susto. Nem só o nome da música é sinistro, a letra também. Essa foi a música de que mais gostei. Ao vivo deve ser bom pacas. Enfim, Blanched, ao lado de Winston, foram as melhores revelações do Rio Grande do Sul em 2002." (Gilberto Custódio Jr., site Esquizofrenia, SP)
"O terceiro EP [BTA] dessa banda gaúcha me pegou de surpresa. Bem diferente desde sua primeira formação, em 2001, o grupo diminuiu ainda mais o falatório e entrou de vez no pós-rock. A voz é cada vez mais apenas um instrumento e o som está moderníssimo, na linha de bandas pós-Mogwai como Explosions In The Sky e Mono. Os climas são ideais, alternando com precisão a repetição dos momentos tranquilos e os crescendos bombásticos." (Guilherme Barrella, músico e dono do bar Neu, SP)
"Diluição, densidade, calmaria, turbulência, espasmos, espaços, silêncios e murmúrios. O branco, o cinza, o preto e o ralo abaixo, onde tudo se mistura. Assim como na capa do álbum da Blanched, onde as cores simplesmente cedem espaço umas às outras até o ponto onde não há mais luz, o som da banda se contrai e se expande, criando buracos negros e massas críticas ao bel prazer dos músicos. Difícil entender? Talvez. Porém, com certeza mais fácil do que explicar é ouvir e sentir o pés-rock essencial da banda de Novo Hamburgo. Formada em 2000, agora o grupo lança seu segundo EP, Blanched toca Angelopoulos. Com 5 faixas e 38 minutos, muitos deles instrumentais, o quinteto é perito em explosões de guitarras, viradas de bateria, sopros atmosféricos e ambientes densos, tudo regido pela emoção. O pós-rock desses gaúchos é como o post-rock dos gringos: desprende-se das regras do pop rock e abre espaço para a música livre, absoluta. Assim, a banda caminha ao lado de grupos ícones do gênero, como Mogwai, Explosions in the Sky e Slint. Mas não só eles servem de inspiração. Pode-se ouvir ecos de Muse, Grandaddy e dos brasileiros Fellini e The Gilbertos, especialmente em alguns vocais murmurados." (Danilo Fantinel, jornalista, Porto Alegre)
"Eu também conheci a banda através do Sonora MTV. Foi a única banda de que eu realmente gostei naquelas propagandas que eles veiculavam alguns anos atrás." (Anônimo aka perfil deletado, no Orkut)
"Melhores shows de 2005: 01) Pearl Jam - 28/11/05, Gigantinho; 02) The Arcade Fire - 25/10/05, Armazém da Condor; 03) Belchior - 29/05/05, Átrio do Santander Cultural; 04) Placebo - 19/04/05, Armazém da Condor; 05) Blanched - 12/12/05 - Beco." (Bruno Galera, jornalista e guitarrista, Porto Alegre)
"Membros da Blanched: escrevo para vocês hoje porque eu estou ouvindo, depois de um pouco mais de 2 anos, uma das músicas que mais me inspirou na minha adolescência: 'Hoje eu tou melhor'. Escutei um trechinho na MTV e simplesmente pirei, o riff nao saía da minha cabeça. E eu esperava comerciais inteiros da MTV pra poder ouvir de novo. Até eu pegar o nome. Blanched. Fui atrás e conheci a banda, mas não encontrava a bendita música. Mesmo asim a banda me fez criar um interesse enorme pelo post-rock. Aí hoje, depois de muito tempo, volto na Tramavirtual e vejo que tem músicas 'novas' disponíveis para ouvir... e sim, escuto o riff que eu toquei repetidas vezes no violão, por não ter a música pra ouvir. Banda, escrevi apenas para que vocês fiquem cientes da importância que a música de vocês já teve para alguém. E, se hoje em dia eu continuo tocando, do jeito que for possível, uma parte é graças a vocês, de verdade." (Caio Freitas, guitarrista de [Art].Ficial e Jennifer Lo-Fi, SP)
"Blanched é de arrepiar. Eu ando divulgando sempre, mostrando para os meus amigos e conhecidos." (Paulo Ricardo, fã internauta, RJ)
"Conheci o som de vocês há poucas semanas, depois de ter ouvido Mogwai, e fiquei simplesmente fascinado pelo tipo de som que vocês fazem. Ao ouvir Depois da Noite me apaixonei, achei demais, diferente, foi amor à primeira vista com essa música, o que me impulsionou a encontrar mais músicas de vocês e procurar no orkut e querer saber mais. Eu realmente gostei do som, eu simplesmente viajo, me transformo, redimensiono minhas ideias e me abro não respeitando nenhuma fronteira da mente quando eu ouço o som de vocês. Pode ter certeza de que Depois da Noite vai ficar como uma das minhas músicas preferidas, aquele tipo de música que você ouve e fala: 'Caralho, que música é essa?!' Foi assim que eu me senti ao ouvir a música pela primeira vez: surpreendido, boquiaberto, extasiado. Obrigado turma da Blanched! Vocês são foda! (Silvio Zul, fã internauta, BA)
"Também temos outro lan�amento da Open Field, dessa vez por conta dos gaéchos da Blanched, que mesmo enfrentando uma pausa forçada aparecem com outra pepita do post-rock como sé eles sabem fazer. Gravado em 2006, o terceiro registro do grupo gaúcho finalmente surge à tona, numa época em que o quinteto passa por um hiato indeterminado. Se no último capítulo, 'Blanched toca Angelopoulos', de 2004, seguiam com precisão a escola pós-Mogwai de Mono e Explosions in the Sky, agora vemos uma banda mais madura, de composições livremente estruturadas e afinações atípicas, experimentando novos instrumentos como acordeão." (Guilherme Barrella, músico e dono do bar Neu, SP)
"Ouvi no resto do dia Avalanched. Sempre me atraí pela sonoridade da Blanched, mas Avalanched superou a espectaviva. Músicas muito bem trabalhadas, algumas eu já conhecia dos shows, mas outras não. Ouvir Cora ontem, no fim da tarde, foi incrível. O final de O Incrível Hulk é de uma sonoridade sensacional, guitarras muito bem trabalhadas, uma sonoridade que aflorou bem. Mesmo sabendo do clichê, ousarei mesmo assim dizer, que a Blanched conseguiu fazer o que eu não esperava. Músicas com loops, algumas vezes intermitente, de uma angústia profunda. Mais clichês. Sempre ouvi dizer, que a música é boa quando provoca algum sentimento em quem ouve, pois bem, Blanched cumpre esse papel densamente. Bem, acho que é isso que eu achei de Avalanched, uma nova Blanched exposta pelo seu mais novo rebento. Belo rebento." (Rômulo Michaelsen, músico, Estância Velha)
"Avalanched! Grande!" (André Ramiro, ruidista dos Índios Eletrônicos, PR)
"Blanched Toca Angelopoulos é a trilha sonora da minha casa, dos bons momentos que eu tenho." (Adriano Arrigo, fã, SP)
"Wow... Há muito tempo não ouvia música feita aqui no Brasil tão boa! Sério! Adorei tudo que ouvi da Blanched!" (Luciana Spanholi, neuropsicóloga e pesquisadora musical, Porto Alegre)
Blanched | Blanched Toca Angelopoulos [Independente]
Lançamento: 2004 [Edicão Nacional]
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Bandas tristes não têm amigos -- OU Paragens barulhentas na neblina
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Alguns problemas, contudo, se manifestaram. Ao que parece, o ajuste fino do software foi feito por ninguém menos que Leandro Me ajuda Jeová Vignoli. Assim sendo, ao inserir o termo 'pós-rock' no campo 'sub-gênero', uma mensagem piscou na tela.
AO ENTRAR O TERMO 'pós-rock' NO CAMPO 'sub-gênero', VOCÊ AUTOMATICAMENTE IMPOSSIBILITA O CD DE ATINGIR ÍNDICE ALGARÍTMICO SUPERIOR A 5. DESEJA PROSSEGUIR?
"Com mil diabos", pensei.
CAPA EM P&B / SÉPIA?
Assinalei um tímido "sim". A nota caiu para 4,5.
REFERÊNCIA A CINEASTAS EUROPEUS?
Uh.
NO TÍTULO?
Caralho.
A BANDA CONTA COM EX-ESTUDANTES DE JORNALISMO QUE AGORA RECHAÇAM A PROFISSÃO?
Sem dúvida. A nota ficou em 3,5.
CITANDO NIETZSCHE, AINDA POR CIMA?
2,5.
OS MÚSICOS SÃO PINTAS MULTIDISCIPLINARES, QUE FALAM IDIOMAS, ESCREVEM LIVROS OU FILMAM CURTAS?
Bah. A nota chegou a 1,5.
O VOCALISTA É AMIGO SEU?
Hmmm.
ÍNDICE ALGARÍTMICO: 0,0. UOHOHOHOHOHOHO, SIFUDEU MANO
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"Tristes Dos Que Procuram Dentro De Si Respostas Porque Lá Só Há Espera" vem com um sample descarnado, bateria marcial arrastada e uma teia de guitarras que se esgueira entre repetições meticulosas. O peso e o formato vagamente serrilhado dos riffs contribuem para a epicidade que a Blanched parece tanto prezar.
A estética fica perigosamente próxima de suas matrizes [o drone casca-grossa de Explosions In The Sky e GY!BE]. Todavia, conseguem adicionar diferentes matizes [desbotadas como convém] através de seu específico senso de tristeza.
"Hoje Eu Tou Melhor" pode te fazer piorar, mas só nos primeiros acordes. Logo, o que resta é uma sensação de assombro e melancolia -- pesada, digressiva e dolorosa, algo eclodindo em câmera lenta, como uma banda de metal tocando uma canção folk. Ou o contrário, enfim. Funciona.
Nos vários shows que assisti da Blanched, a música que provavelmente se fixou como minha predileta foi "Um Palhaço No Campo De Concentração". Estranhamente, é a música menos consistente em Blanched Toca Angelopoulos -- em parte porque o timbre de bateria parece inapropriado, xoxo. Em parte porque a música parece destoar da nova direção sugerida, parecendo pertencer muito mais a Ter Estado Aqui, EP de 2002. Não obstante, seu poder segue sendo devastador.
A IDÉIA É VIRAR UMA BANDA DE TANGO EM DOIS ANOS, PELO QUE DIZ O VOCALISTA |
Com seus monolíticos DOZE MINUTOS e qualquer coisa, "Casa De Descanso" se inscreve como uma das peças mais pretensiosas e, convenhamos, bem-executadas do indie rock tapuia. Tocante, com vocais macho-fêmea [sempre quis dizer isso], não se furta em soar vagamente MPBística [tendência presente nos primórdios da banda] -- violão, sim. Um sentimento tépido, sim. E, mesmo soando otimista [acreditem] como nada que a banda tenha gravado até hoje, contém uma frase que pode assombrar: "Quando voltar, espero encontrar-te mais forte, mais livre, consciente de que o amor morreu doente." Pode assombrar. Basta que se permita.
A Blanched pertence a uma cena gaúcha disforme, a um só tempo próxima e afastada de Porto Alegre, onde bandas permutam em prol da sobrevivência sem terem nada a ver umas com as outras. Uma cena alienada e cujo público amealha góticos, headbangers que se perderam na curva, literatos e indies compulsórios. Seus shows são eventos igualmente estranhos, onde coisas surreais acontecem, por motivos amplamente dúbios. Conceitualmente, perfeita. Dessas coisas são feitas lendas, e não me admiraria se a Blanched virasse uma espécie de religião num futuro próximo -- não sei se é bem essa a idéia. Mas também pouco me importa.
Ademais, bandas tristes não têm amigos. Exceto, talvez, amigos como a Deus E O Diabo.
UOHOHOHOHOHOHO, SIFUDEU MANO
Nota: 9.
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